quarta-feira, 31 de março de 2010

GOTA/DOENÇA

Gota
Doença inflamatória que ataca principalmente as articulações e, se não tratada a tempo, pode debilitar órgãos como rins e fígado.


O que é?
A gota acontece quando há um acúmulo de ácido úrico no sangue. Isso pode acontecer tanto pela produção excessiva quanto pela eliminação deficiente da substância. A doença já foi caracterizada como de nobres e ricos, pois carnes e vinho tinto podem desencadear a crise.



(1). A articulação do pé, por ser naturalmente desprotegida, é geralmente a primeira a ser atingida pela gota. A dor é aguda e súbita e a região onde a crise acontece fica vermelha e muito inchada. Os sintomas da primeira manifestação da doença duram entre três e quatro dias.
(2). Se não for feito um tratamento devido desde a primeira manifestação da gota, as crises continuarão e poderão atingir outras articulações como as do joelho.
(3). As articulações dos dedos, punho, cotovelo, mãos e ombros também poderão ser atingidas.
(4). A chamada gota crônica é o estágio mais sério da doença, pois as complicações já se instalaram em outros órgãos do corpo, além das articulações. Neste caso, podem surgir por exemplo deformidades e defeitos irreversíveis nas articulações.

Ácido úrico
Quando as células do corpo são destruídas para que novas células se instalem no organismo, os núcleos de cada uma eliminam substâncias que devem ser excretadas pelo corpo. O ácido úrico é uma delas e deve ser jogado fora pela urina.


A incidência
2% da população mundial sofrem de gota;
Entre os doentes, há uma mulher para cada oito homens.


O processo da doença
O tecido conjuntivo é o que fica na união de um osso com outro, na articulação. O ácido úrico costuma ser solúvel neste tecido. Quando sua concentração aumenta (em um organismo com pré-disposição genética para sofrer a doença), a gota pode se manifestar.

 

Um trauma ou uma agressão nas articulações costuma ser o principal desencadeador da gota. A articulação do dedão do pé é a mais delicada do organismo, pois é pouco protegida. Se, por exemplo, o indivíduo caminhar muito durante o dia com sapatos fechados, tende a ficar com os pés inchados.
A cristalização do ácido úrico provoca a ação dos neutrófilos, células de defesa do organismo que engolem os cristais. Como a quantidade de cristais é muito grande, muitos neutrófilos atuam e provocam a inflamação do tecido. Com isso, vem a crise aguda da gota.
Na maioria das vezes, a primeira crise acontece nos pés. Frequentemente na articulação do dedão. Com menor freqüência, na parte de baixo do pé ou no tendão de Aquiles. O sintoma imediato é a dor.
Imediatamente, o pé (ou a parte do corpo acometida pela crise) fica inchado, vermelho e quente. A primeira crise dura cerca de três dias, a segunda vem em torno de dois anos depois e pode permancer por mais tempo, com dores menos intensas. Se a gota não for tratada com atenção desde sua primeira manifestação, é possível que a doença atinja outras articulações, como joelho, cotovelos, mãos e se torne crônica, com crises permanentes.

Tratamento
A gota não é uma doença que se possa prever. Só se trata do problema quando ele é identificado. O tratamento é feito com remédios capazes de reduzir a produção do ácido ou de aumentar sua eliminação pela urina. Para a hora da crise, os medicamentos mais usados são os antiinflamatórios.
Evitar alimentos com muito ácido úrico, como fígado ou animais pequenos e bebidas como vinho tinto e cerveja, também faz parte do tratamento.

A gota nos rins
Se o cristal do ácido úrico se depositar nos rins, a doença está em um estágio mais grave. A cada inflamação, o rim cicatriza e se retrai. Essa retração deixará as artérias mais estreitas. O sangue terá mais dificuldade de passar. Para tentar resolver o estreitamento arterial, o organismo secreta uma substância, chamada angiotensina, que aumenta a pressão sangüínea. Entretanto, essa hipertensão não acontece apenas no rim, mas em todo o organismo. Assim, a gota pode levar às doenças conseqüentes da hipertensão, como infarto do miocárdio ou derrame.

Fatores que desencadeiam a crise:
Trauma nas articulações






Alimentos ricos em ácido úrico, como fígado, animais pequenos, como codornas, peixes, entre outros.






O álcool provoca acúmulo do ácido úrico nos rins.






Por: Maria de Lourdes Silva


terça-feira, 30 de março de 2010

CÂNCER DE CÓLON/RETO

O QUE É?
São tumores malignos, cânceres frequentes do aparelho digestivo (intestino grosso), geralmente são assintomáticos, mas  quando apresenta sinais/sintomas são: Sangramento anal, eliminação de muco junto com as fezes, dores localizadas no intestino grosso, etc.

O DIAGNÓSTICO é feito através de um exame chamado colonoscopia, é um exame que localiza os tumores de cólon e reto, ao mesmo tempo em que possibilita, através da biopsia (retirada parcial ou total do tumor).

PREVENÇÃO
Uma dieta rica em fibras, frutas, vegetais, cálcio e pobre em gorduras é considerada uma dieta preventiva.A ingestão excessiva e prolongada de bebidas alcóolicas deve ser evitada.Como prevenção é indicada uma dieta saúdavel e a prática de exercicios.

Por: Maria de Lourdes Silva.

sexta-feira, 26 de março de 2010

INFLAMAÇÃO

A inflamação ou processo inflamatório é uma resposta dos organismo vivos homeotérmicos a uma agressão sofrida. Entende-se como agressão qualquer processo capaz de causar lesão celular ou tecidual. Essas resposta padrão é comum a vários tipos de tecido e é mediada por diversas substâncias produzidas pelas células danificadas e células do sistema unitàrio que se encontra eventualmente nas proximidades da lesão.


TIPOS DE INFLAMAÇÃO
Aguda- É aquela que se instala rapidamente, como por exempo após um acidente onde ocorre lesão tecidual de forma súbita.
Crônica- Se instala de forma lenta e insidiosa, como por exemplo as doenças reumatóide e o lupus eritematoso sistêmico.

Também é possível classificar a inflamação segundo algumas características peculiares, exemplo:

Adesiva – inflamação na qual existe uma quantidade de fibrina que provoca a aderência entre tecidos adjacentes.

Alérgica – desencadeada por mecanismos alérgicos, como sucede, por exemplo, na asma e na urticária.

Atrófica ou Esclerosante – aquela que evolui para a organização do exsudato inflamatório de que resulta cicatrização e atrofia da região afectada.

Catarral – processo que é mais frequente na mucosa do aparelho respiratório mas que pode atingir outras mucosas. É caracterizada, fundamentalmente, por hiperemia dos vasos, edema tissular e secreção de muco de consistência viscosa.

Crupal – inflamação fibrinosa com produção de falsas membranas não diftéricas.

Eritematosa – inflamação congestiva da pele.

Estênica – forma aguda com fenômenos circulatórios e calor intensos.

Fibrinosa – forma exsudativa em que existe uma grande quantidade de fibrina coagulável.

Granulomatosa – processo crônico proliferativo com formação de tecido granuloso ou granulomas.

Hiperplásica ou Hipertrófica – cursa com neoformação de fibras de tecido conjuntivo.

Intersticial – variedade na qual a reacção inflamatória se localiza preferencialmente no estroma e no tecido conjuntivo de suporte de um órgão.

Necrótica – processo intenso com produção de um foco de necrose.

Inflamação parenquimatosa – aquela que atinge primordialmente a estrutura nobre e funcional de um tecido ou seu parênquima.

Proliferativa – aquela em que o aspecto mais característico é o grande número de macrófagos com neo-formação tecidual.

Purulenta ou Supurativa – inflamação em que se forma pús.

Reactiva – a forma que surge à volta de um corpo estranho.

Reumática – surge como resposta à existência de doenças reumatológicas, ou seja, acometendo primordialmente as articulações.

Serosa – aquela em que a exsudação é essencialmente serosa ou de aspecto semelhante ao soro.

Térmica – provocada pelo calor.

Tóxica – devida a uma substância tóxica ou veneno.

Traumática – surge como consequência de um traumatismo.

IMAGEM PROCESSO INFLAMATÓRIO
Abscesso na pele, mostrando edema e hiperemia característico da inflamação, com área central necrótica de cor escura.

Por/ Maria de Lourdes Silva.

quarta-feira, 24 de março de 2010

PIGMENTO: Melanina



O que é?

• A melanina é um pigmento que se encontra na pele.


• A melanina é uma substancia castanho-escura que se encontra na epiderme, nos cabelos e também na retina e na íris.


Absorve os raios ultravioletas nocivos do sol, impedindo-os de lesionar o corpo.


A exposição ao sol (raios ultravioleta) aumenta a produção de melanina (na tentativa de defender o próprio corpo)e escurece ou bronzeia a pele.


• As pessoas de pele escura têm muita melanina, as de pele clara têm pouca, embora às vezes ganhem pequenas manchas mais escuras, denominadas sardas.


• A produção de melanina é controlada por um único gene, as pessoas a quem falta esse gene são designadas por albinas, têm a pele muito pálida e cabelo branco ou loiro muito claro.


• Mesmo as pessoas que normalmente têm grande qualidade de melanina, necessitam ter cuidado!

use protetor solar sempre!!!

Rafaely Araujo Mariano
VITILIGO

O que é?


• É uma doença caracterizada pela despigmentação da pele, formando manchas acrômicas de bordas bem delimitadas e crescimento centrífugo.


• Também é possível que haja despigmentação do cabelo. É freqüente em 1% da população e, em 30% dos casos, há ocorrência familiar.


• O diagnóstico em doentes com patologias oculares é significantemente maior que na população em geral.


• Eventualmente, o vitiligo surge após  traumas  ou queimaduras solares.


  • Como se adquire?

Teoria Imunológica:


Admite que o vitiligo é uma doença auto-imune pela formação de anticorpos antimelanócitos. É associada a doenças imunológicas, tais como diabetes, anemia perniciosa, lúpus, esclerose, síndrome de Down, tireoidite de Hashimoto, entre outras.


Teoria Citotóxica:


É possível que os metabólitos intermediários - dopaquinona e indóis - formados durante a síntese da melanina, possam destruir as células melanocíticas.


Teoria Neural:


Um mediador neuroquímico causaria destruição de melanócitos ou inibiria a produção de melanina..






  • Como se previne?

Não existe método de prevenção para a doença ou para sua progressão.



VAMOS DIZER NÃO AO PRECONCEITO,
TONALIDADES DA PELE NÃO IDENTIFICA PERSONALIDADE!!!
RAFAELY ARAUJO MARIANO

TATUAGEM

TATUAGEM

sábado, 20 de março de 2010

Pigmentações Patológicas

O acúmulo anormal de pigmentos ou a sua diminuição também são indicativos de que a célula sofreu agressões.Uma pigmentação anormal é mais um sinal de perda da homeostase e da morfostase celular portanto é patologica.

A pigmentação patológica pode ser exógena cujos pigmentos são de origem externa ao organismo, ou endógena, formada a partir de pigmentos naturais do corpo.

Vemos aqui alguns exemplos de pigmentos: Em A e B, visualizamos pigmentos exògenos e em C e D endógenos.

( Lourdes)


quarta-feira, 17 de março de 2010

Tipos de Calcificação

Calcificação Distrófica

Como o próprio conceito enfatiza, a calcificação distrófica se relaciona com áreas que sofreram agressões e que apresentam estágios avançados de lesões celulares irreversíveis ou já necrosadas. Nesse último caso, por exemplo, é comum observar calcificações distróficas nas paredes vasculares de indivíduos senis com ateroesclerose, cujo processo se caracteriza por presença de necrose no endotélio vascular devido à deposição de placas de ateroma.
A patogenia da calcificação distrófica ainda não está bem estabelecida; algumas teorias foram criadas em função dos fatores que regulam as calcificações normais, como a teoria dos sabões, aplicável para a ateroesclerose.


Calcificação Metastática

A calcificação metastática é originada de uma hipercalcemia. Essa situação pode ser devida à remoção de cálcio dos ossos (comum em situações de cânceres e inflamações ósseas, imobilidade, hiperparatireoidismo) ou à dieta excessivamente rica desse íon. Aumentando os níveis de cálcio, imediatamente a relação desse íon e o fosfato é desequilibrada, o que contribui para a combinação de ambos e para a sua posterior precipitação nos tecidos que entram em contato com essas altas concentrações calcêmicas.






(Lourdes)

sábado, 13 de março de 2010

APOPTOSE

   Apoptose ou morte celular programada ( do grego apo= de, e ptose= cair), ocorre na presença de estímulos nocivos, atrofia patológica dos órgãos e tumores. Na apoptose a célula não sofre autólise ( digestão das células ou dos tecido por fermentos existentes ali mesmo) ele é fragmentada e a exocitose( que é facilitada pela esteriolização da fosfatildilserina na membrana, servindo de ligante para a célula que irá exorcitar) da célula ou corpos apoptóticos ocorre principalmente por macróficos.
   A apoptose atinge células individuais e é importante na diferenciação celular. Na apoptose o núcleo se fragmente, a membrana citoplasmática emite projeções e forma brotamento contendo fragmentos deste núcleo, então os brotamentos se fragmentam em múltiplos brotos que constituem os corpos apoptóticos.Porém nos casos dos ceratinócitos ou queratinócitos( formados por uma espécie de proteínas em forma de fibrilas), por exemplo, na queimadura solar; eles não se fragmentam, eles apenas sofrem encolhimento e condensação do citoplasma e núcleo.
   Em condições patológicas a apoptose é desencadeada por vírus, hipóxia( diminuição da quantidade de oxigênio no sangue e nos tecidos, podendo levar a anóxia.Substâncias químicas, agressão imunitária, radiações ionizantes, etc.. 


por: SAMARA / TÁSSIA

sexta-feira, 12 de março de 2010

Calcificação

Osso maduro mandibular. O tecido corado em azul indica calcificação já bem adiantada; o tecido vermelho indica calcificação ainda não-finalizada

A calcificação patológica constitui um processo mórbido de origem nas alterações metabólicas celulares. Essas alterações induzem a uma deposição anormal de sais de cálcio e outros sais minerais heterotopicamente, ou seja, em locais onde não é comum a sua deposição. Em outras palavras, a calcificação patológica é assim definida por se localizar fora do tecido ósseo ou dental, em situações de alteração da homeostase e da morfostase.
Osso maduro mandibular. O tecido corado em azul indica calcificação já bem adiantada; o tecido vermelho indica calcificação ainda não-finalizada.
O mecanismo das calcificações patológicas segue o mesmo princípio das calcificações normais, ou seja, sempre deve se formar um núcleo inicial, principalmente de hidroxiapatita, que no caso é heterotópico. Esse núcleo pode, por exemplo, iniciar-se nas mitocôndrias, sede celular dos depósitos normais de cálcio na célula, quando esta entra em contato com grandes concentrações desse íon no citosol ou no líquido extracelular.
Dependendo da situação envolvida em cada alteração funcional ou morfológica do tecido, podem-se distinguir três tipos de calcificação heterotópica: distrófica, metastática e por calculose (ou litíase).

(ALEXANDRA FERNANDES)

terça-feira, 9 de março de 2010

INFARTO RENAL


Um infarto é definido como uma lesão tecidual isquêmica irreversível, isto é, devido a falta de oxigênio e nutrientes, geralmente associado a um defeito da perfusão sanguínea (oclusão do suprimento arteiral ou da drenagem venosa). Esta situação vai levar à morte celular (necrose), a qual vai desencadear uma reação inflamatória local.

O infarto renal é a morte de uma área do tecido renal causada pela obstrução da artéria renal, a principal artéria que leva sangue aos rins. O suprimento sanguineo dos rins é vital. A redução ou interrupção deste suprimento causam problemas como lesão renal, disfunção e um aumento da pressão.

A obstrução da artéria renal é rara, mas ocorre quando uma partícula que estava flutuando na corrente sanguinea(um embolo) aloja-se nessa artéria. O embolo pode originar-se de um coágulo sanguineo seja do coração ou da aorta, ou até mesmo no interior da própria artéria devido alguma lesão.
 A lesão pode ser causada por uma cirurgia, uma angiografia ou uma angioplastia. O coágulo pode ser decorrente de uma aterosclerose grave, uma arterite, ou da ruptura de um aneurisma da artéria renal.
As causas subjacentes do infarto incluem a arteriosclerose e a fibrodisplasia (desenvolvimento anormal de tecido fibroso na parede de uma artéria).

SINTOMAS E DIAGNÓSTICO

 Pequenas obstruções parciais da artéria renal não causam qualquer sintoma. No entanto, elas podem causar uma dor surda e constante no flanco do lado afetado. A febre, náusea e o vômito também podem ocorrer. A obstrução parcial da artéria pode causar elevação da pressão arterial.

A obstrução total de ambas as artérias renais interrompe totalmente a produção de urina e a função dos rins (insuficiência renal aguda).
Normalmente, os exames de sangue revelam quantidade anormalmente elevada de leucócitos. O exame de urina revela a presença de protéinas e de quantidades microscópicas de sangue.

Exames de diagnósticos por imagem são necessários para se estabelecer o diagnóstico, pois nenhum dos sintomas ou dos exames laboratoriais é específico para o diagnóstico do infarto renal.

TRATAMENTO

O tratamento usual consiste na administração de anticoagulantes, visando evitar que novos coágulos sanguíneos obstruam a artéria renal. As drogas trombolíticas (que dissolvem coágulos) são mais recentes e podem ser mais eficazes que outros tratamentos. Os medicamentos melhoram as funções renais somente quando a artéria não se encontra totalmente obstruída.

Embora possa ocorrer uma melhoria da função renal com o tratamento, ela geralmente não é totalmente recuperada.

por: Elisama Cruz

sábado, 6 de março de 2010

Enfisema Pulmonar


O enfisema pulmonar é uma doença crônica, onde ocorre a destruição dos tecidos pulmonares de maneira gradual. Esta destruição acontece nos alvéolos onde é feita a troca gasosa, ou seja, onde absorvemos oxigênio e liberamos dióxido de carbono. Normalmente o enfisema se deve ao tabagismo, podendo também ser causado por vapores químicos ou poluentes, por exemplo. O enfisema pode também surgir em pessoas não fumantes que tem deficiência de uma enzima protetora dos pulmões (alfa-1-antitripsina), caso onde a doença se manifesta mais cedo e cuja origem geralmente é genética.

Os sintomas mais freqüentes são: chiado no peito, tosse seca e falta de ar que vai se agravando na medida em que a doença avança. Os pulmões perdem elasticidade e os alvéolos ficam maiores, isto dificulta a saída de ar, fato que também causa desconforto à pessoa doente. Já nos pulmões saudáveis os alvéolos são pequenos, esponjosos e elásticos. Nos estágios mais avançados da doença a pessoa passa a sentir falta de ar nas tarefas mais simples como caminhar ou falar. Com o passar do tempo o tórax adquire um formato cilíndrico característico das pessoas com este distúrbio.

O diagnóstico geralmente é feito pelo médico sabendo que o paciente tem histórico de longa exposição ao tabaco, com o auxilio de tomografia computadorizada e com espirometria (exame que mede a capacidade dos pulmões de colocar o ar para fora dando, desta forma, uma idéia do funcionamento pulmonar).

O tratamento consiste em evitar o avanço da doença e aliviar os sintomas, isto pode ser obtido, por exemplo, com o uso de remédios como corticóides ou broncodilatadores. Em alguns casos recomenda-se que o paciente inale oxigênio (oxigenioterapia). Abandonar o cigarro, evidentemente, é algo que deve ser feito de imediato.

O programa terapêutico inclui fisioterapia respiratória para melhorar e corrigir o ato de respirar e uma nova dieta, a fim de melhorar o desempenho dos músculos respiratórios e do organismo de maneira geral. A reabilitação do paciente é o principal objetivo do tratamento, permitindo ao indivíduo a recuperação do ponto de vista físico, social e psicológico. É importante ressaltar que a participação da família é crucial para ajudar o doente a adequar-se a esta nova realidade cheia de mudanças na parte comportamental.

(ALEXANDRA FERNANDES)

Modelo estrutural da proteína amilóide. Aqui estão representadas 4 folhas paralelas.

AMILOIDOSE

A amiloidose é uma doença rara (afeta oito em cada 1 milhão de pessoas), progressiva e geralmente incurável, que ocorre quando há acúmulo, ao redor dos vasos sangüíneos, de pedaços de proteína dobrados em uma configuração altamente estável ( em folhas de pregueamento "beta" ). Essas proteínas são produzidas na medula óssea em conseqüência a uma série de doenças, o que torna a amiloidose não uma doença em si, mas uma manifestação de outra doença.

Há três tipos principais de amiloidose, a primária, a secundária e a genética.
A amiloidose primária (AL) é a mais comum, aonde a proteína amilóide é um fragmento da cadeia leve de imunoglobulinas ( proteínas que fazem parte do sistema imunológico ), que é produzida em excesso por células imunológicas. Geralmente está associada a uma doença da medula óssea, o mieloma múltiplo. O acúmulo de amilóide geralmente afeta o coração, rins, pulmões, pele, língua, nervos e intestino.
Na amiloidose secundária (AA), a proteína depositada é chamada de amilóide sérico A e é uma proteína produzida pelo fígado em resposta a processos inflamatórios. Por esse motivo, essa amiloidose é observada em pessoas portadoras de doenças inflamatórias sem tratamento adequado por mais de uma década, especialmente doenças inflamatórias intestinais ( Crohn e retocolite ulcerativa ), artrite reumatóide, osteomielite, tuberculose, hanseníase e outras doenças.
A amiloidose hereditária é muito rara e ocorre quando uma mutação genética leva a produção de uma proteína amilóide ( transtiretina, proteína beta-amilóide P, apolipoproteína A1, procalcitonina e beta-2-microglobulina ). A identificação da proteína envolvida é importante para prever suas possíveis complicações, tratamento precoce e risco de transmissão para os filhos.




Sinais e Sintomas da Amiloidose


Primária
Doença cardíaca e arritmia
Doença renal, incluindo insuficiência
Distúrbios gastrintestinais, como perfuração, sangramento, dismotilidade e obstrução
Aumento do fígado (hepatomegalia)
Redução na função do baço
Insuficiência da adrenal e outras glândulas
Neuropatia, levando a impotência, problemas gastrintestinais e hipotensão ortostática (quando se levanta rapidamente)
Síndrome do túnel do carpo
Alterações neurológicas, como espessamento, mudança de cor, púrpura ao redor dos olhos
Aumento na língua, dificuldade respiratória e apnéia noturna
Doenças pulmonares
Inchaço nas articulações dos ombros
Facilidade de sangramento


Secundária
Doença renal, incluindo insuficiência (causa do óbito em 40-60% dos casos)
Aumento do fígado (hepatomegalia)
Aumento do baço (esplenomegalia)
Doenças cardíacas (mais leve que nas outras amiloidoses)

Hereditária
Distúrbios do sistema nervoso
Distúrbios gastrintestinais, como diarréia e perda de peso
Doenças cardíacas
Doença renal
Tratamento
Não há cura para a amiloidose. Os objetivos do tratamento, a partir do diagnóstico, são reduzir ou diminuir a produção do amilóide, eliminar depósitos, aliviar ou curar a doença de base e tratar as complicações decorrentes pelos depósitos nos órgãos acometidos.
(RAFAELY)

sexta-feira, 5 de março de 2010

Icterícia Neonatal


A icterícia neonatal é uma alteração fisiológica, ou seja, normal, na coloração da pele e branco dos olhos dos recém-nascidos, o que deixa o bebê amarelado, sendo portanto conhecida também como amarelão.
A cor amarelada do bebê acontece pelo excesso de bilirrubina no sangue, pigmento de cor amarelada, produzido normalmente pelo metabolismo das células vermelhas do sangue. O excesso acontece pela dificuldade do fígado em capturar toda a quantidade de bilirrubina produzida, acumulando no sangue.
Esse tipo de icterícia não é considerado doença, atinge em torno de 50% dos bebês nascidos no tempo certo, sendo ainda mais freqüente nos prematuros. A cor amarelada aparece no segundo ou terceiro dia de vida primeiramente no rosto, depois vai aumentando para tórax, abdome e finalmente as pernas.
Na maioria dos casos regride espontaneamente por volta do décimo dia de vida do bebê. Os raios solares ajudam na eliminação da bilirrubina, portanto, é importante o banho de sol pela manhã ou a tardezinha
Se a icterícia atingir um nível muito alto, será preciso que o bebê faça fototerapia ou banho de luz. A criança fica em um berço com uma fonte de luz que converte a bilirrubina impregnada na pele e nas mucosas em outra substância deixando a pele do bebê com coloração normal.
Esse tratamento é muito comum em prematuros e em bebês que a icterícia não desaparece espontaneamente. O aumento da bilirrubina acima de certos limites pode acumular-se no cérebro trazendo danos irreversíveis ao sistema nervoso, prejudicando o desenvolvimento do bebê. Portanto, cuidado redobrado, mamãe.
Existem outros tipos de icterícia que são mais graves e requerem mais atenção. Há a icterícia por incompatibilidade de grupo sanguíneo, que é a forma mais grave e aparece logo no primeiro dia de vida.
Acontece quando a mãe tem anticorpos que destroem as hemácias, produzindo bilirrubina, ocasionando a icterícia. O tratamento depende do nível de bilirrubina e peso do bebê, podendo ser o banho de luz ou a exsangüinotransfusão (retirada de todo o sangue do bebê e a sua substituição por outro sangue, sem bilirrubina).
A icterícia pode estar relacionada também ao aleitamento materno, as causas são desconhecidas, podendo ser por que componentes do leite materno reduzem a excreção da bilirrubina. O tratamento pode ser a interrupção do aleitamento por 1 ou 2 dias ou o banho de luz.
São raras as vezes em que o acúmulo de bilirrubina seja grande que cause acúmulo no cérebro ocasionando prejuízos. A grande chance de isso ocorrer será se a mamãe não procurar um médico quando o amarelão do bebê for muito intenso ou em prematuros muito graves.
A icterícia não é uma alteração para maiores preocupações. O ideal é ficar de olho e a qualquer dúvida procurar o pediatra do bebê.
Dicas
- O banho de sol até as dez da manhã e depois das quatro da tarde é muito importante.
- Lembre-se sempre que o aleitamento materno é sempre o melhor para o bebê. Só o interrompa com recomendação médica.
(ALEXANDRA FERNANDES)